sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ultimo Adeus

Eram o silêncio, a primavera, o gosto da mesmice no desejo da loucura. Era o medo de morrer olhando para uma imagem que não se move, não respira, não existe. E assim foram dias, semanas, meses. Até que ironicamente ele se aquietou. Resignado e sujo pela casa. Vestindo sua roupa mais antiga. Sua cara mais antiga. Sua dor mais medonha.
Se atrevendo a olhar pela janela e cuspir do oitavo andar a sua ira. Seu desprezo covarde por aqueles que o esqueceram. Que riram da sua nostalgia. Da seu romantismo piegas.
Sem poesia, sem música. Bebendo no gargalo o vinho que ainda resta do ultimo dia, do ultimo minuto, do ultimo adeus.

Leometáfora

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